30 de agosto de 2009

Muitas. Todas felizes...


Nos últimos tempos, por diversos motivos, decidi que esse ano seria o ano de cuidar um pouquinho de mim, de fazer coisas que durante anos, por conta de inúmeras tarefas do ME, do partido, da militância, eu tornei sem importância na minha vida.

Pensando nisso, agora, na metade do ano, descobri que em 2009 duas grandes lições foram importantes na minha curta e intensa vida.

A primeira veio depois de uma dessas peças do coração que todo mundo leva, e eu, como uma simples mortal, também fui atingida por ela.

Mas tem lá seu lado bom nessas situações, e se não tivesse... aff..como seria, né?

Agora eu acredito que nas relações amorosas, é necessário construir uma história, uma semente, um aprendizado. Pra que, depois que acabe, tenhamos crescido, sido feliz nela e com ela (a história), com o/a amado/a.

Nas minhas últimas histórias românticas, aprendi o quanto é importante me dedicar a construção de um projeto coletivo, a lutar pela felicidade coletiva; aprendi como é bom viver a vida com poesias, músicas, literatura – não vivo mais sem agora!!!

Portanto, cresci com as minhas histórias românticas. Ai penso que foi bom, e que valeram mesmo à pena.

Outra coisa que aprendi, ou descobri, nesse ano, é que eu preciso saber de onde venho e quem eu sou. Assim não me perco na vida.

E eu sou um pouco dos/as amigos/as queridos/as que fazem parte da minha vida, aqueles amigos que são parentes de sangue e aqueles que nos descobrimos nas andanças da vida.

Agora sei que essas pessoas, que são estradas na minha vida, como eu disse outra vez aqui, além de estrada, são minhas raízes, é deles e delas que eu venho. E por isso tenho sido mais forte, e ao mesmo tempo mais doce e sensível. È por isso que agora tenho menos chances de me perder, porque sei quem sou, de onde vim, e da força que juntos temos.

Agora sei do carinho, das emoções, do afeto, das superações, alegrias e tristezas, que nos constroem.

E sou mais feliz agora. Muito mais. Agora que assumi sem crises que sou a Thalita, Thali, Amiga, Walíssima, Moleca, Thalitinha, Companheira

Uma só em muitas. Todas muito feliz.

28 de agosto de 2009

Escolha - Lya Luft

"Apesar do medo, escolho a ousadia. Ao conforto das algemas, prefiro a dura liberdade. Vôo com meu par de asas tortas, sem o tédio da comprovação. Opto pela loucura, como um grão de realidade: meu ímpeto explode o ponto, arqueia a linha, traça contornos para os romper. Desculpem, mas devo dizer: EU QUERO O DELÍRIO."

15 de agosto de 2009

Vivendo com licença poética

Outro dia ouvi essa frase, “as pessoas são como estradas na nossa vida”, nos ajudam a caminhar para algum lugar.

Fiquei pensando nela, pensando nas pessoas que passaram pela minha vida, as que eu gostava e as que eu não gostava. E todas elas, de formas diferentes, me ajudaram mesmo a caminhar, foram mesmo estradas na minha vida.

Fizeram-me mais forte. Ou porque me incentivaram a passar por cima das dificuldades e seguir adiante. Ou porque me deixaram tão irritada, que por puro orgulho, me fez continuar a caminhada.

Ajudaram-me a descobrir que o importante nessa vida é ser feliz. Ser feliz plenamente. Não apesar de sofrer, apesar de ter mais dividas do que o salário permite pagar no final do mês, apesar de ainda não ter encontrado o amado que vai dividir a vida comigo, apesar de ter que acordar muito cedo e dormir muito tarde para dar conta de todas as tarefas, apesar de querer mudar o mundo e não conseguir.

As estradas que percorri nessa vida, as pessoas que por ela passaram e ainda passam, tiveram a responsabilidade de, além de me ajudar a caminhar, a entender que é necessário ser feliz com uma felicidade que não é a mesma das novelas ou dos contos de fadas...essa não existe mesmo.

Uma felicidade que existe e é plena pelo que é capaz de nos proporcionar. Crescimento com a dor. Maturidade com o sofrimento. Alegria com as descobertas. Amor, com amor mesmo, apenas.

É preciso, em certos momentos da vida, naqueles mais difíceis, viver com uma certa licença poética, eu diria.

Mas acima de tudo, as estradas por onde caminhei e caminho, as pessoas que me ajudaram a escrever minha história, me ensinaram a ser feliz, e a fazer as outras pessoas felizes, o quanto eu puder.

7 de agosto de 2009

Resposta ao Tempo


Resposta ao Tempo

(Aldir Blanc/Cristovão Bastos)


Batidas na porta da frente

É o tempo

Eu bebo um pouquinho

Prá ter argumento


Mas fico sem jeito

Calado, ele ri

Ele zomba

Do quanto eu chorei

Porque sabe passar

E eu não sei


Num dia azul de verão

Sinto o vento

Há fôlhas no meu coração

É o tempo


Recordo um amor que perdi

Ele ri

Diz que somos iguais

Se eu notei

Pois não sabe ficar

E eu também não sei


E gira em volta de mim

Sussurra que apaga os caminhos

Que amores terminam no escuro

Sozinhos


Respondo que ele aprisiona

Eu liberto

Que ele adormece as paixões

Eu desperto


E o tempo se rói

Com inveja de mim

Me vigia querendo aprender

Como eu morro de amor

Prá tentar reviver


No fundo é uma eterna criança

Que não soube amadurecer

Eu posso, ele não vai poder

Me esquecer

6 de agosto de 2009

Brasília


Quem já foi à Brasília deve ter achado estranho a organização espacial da cidade.

A capital do país, ao ser construída, foi planejada e recebeu o formato de um avião, portanto, tem bem definido norte, sul, leste, oeste. São poucos os sinais de trânsito pela cidade, há muitas rotatórias.

Tudo muito simples, como dizem @s candang@s, tão simples que quem não conhece estranha, leva um tempo para se adaptar.

Hoje, enquanto eu estava no trabalho, ouvindo uma música que me relembrou várias emoções, descobri que sou bem parecida com essa organização espacial de Brasília...não achei melhor definição para me definir, principalmente atualmente.

Sou capricorniana, o que significa, que na minha vida tudo tem seu devido lugar e permanece quase sempre nele, “cada um no seu quadrado”. Pareço ai também com Brasília, muito plana, quadrada, separações muito bem definidas.

E pareço ainda mais quando tento me entender. Não sou uma pessoa difícil, chata; mas já construí tantas regras para circular entre os sentimentos, entre as emoções, que ficou complicado vivê-las. Transformei coisas que são próximas em distantes; tal qual Brasília, tudo longe.

Quis facilitar e consegui uma bela confusão.

Portanto, se hoje me pedissem para me definir em uma única palavra, sem titubear, eu responderia: Brasília!

Tão fácil de entender, que se tornou complicada. Um clima estranho, mas uma hora melhora e aconchega. Lugar onde tudo e nada acontece.

Mas no fim de tudo, Brasília é uma cidade legal, cheia de pessoas legais, e cheia de lembranças boas; uma terra que já me já me fez rir muitas vezes, que me acrescentou boas e felizes histórias.

E no fim, eu também sou legal, eu acho...tento ser pelo menos,muito simples, que até parece complicada. Mas só parece.





3 de agosto de 2009

Pessoas que são para sempre....amig@s!!!





Eu sou filha única. E isso não é muito legal, as vezes bate uma solidão até na hora de comer chocolate sozinha, por exemplo. Mas então, a filha única descobriu que amig@s são a família que a vida nos permite escolher, ou que nos escolhem, ou que são @s escolhid@s....alguma coisa assim.



E nos últimos meses e anos, descobri
amig@s maravilhos@s. Muitas risadas de doer a barriga depois de 'achar' que um ônibus ia nos atropelar; muito choro depois de descobrir que o "eterno amor" acabou de acabar; horas andando na rua, no sol, para poder viajar, e viajar sem passagem de volta, no final; fugidas da aula pra fazer fotos na beira do rio na UFPA; brigas pelas diferenças que surgem.



Nossa..lembrando agora dá uma baita vontade de por
tod@s @s amig@s dentro da rede e ser muito "Felícia" com tod@s, tamanha é a saudade.



Amig@s, não vou dizer aqui os nomes, vocês sabem quem são as partes de mim que vivem nesse mundão...eu amo vocês, muito, muito, muito. Não fiquem muito tempo longe de mim, não...depois dessas duas semanas em Brasília, acho que to menos chata, menos implicante, sério.



Vocês são luz na minha vida. Obrigada!

Acalma - Gonzaguinha

Acalma
(Gonzaguinha)

Quando o tempo é de confusão
mantenha a calma no seu coração
mantenha a calma - calma!

Mantenha a fé e o pé no seu caminho
Mantenha o seu caminho
Mantenha a alma - acalma!

Acalma - você já chegou aqui
Calma - para prosseguir

A fé para botar o pé no caminho
A conquistar.

Quando o tempo é de armação
Mantenha firme a sua mão
Mantenha aceso o coração
Atenção!

Mantenha a alegria que você já é
não deixe que eles venham destruir
O sonho por menor que for
Seria destruir o amor.

Sempre bom a gente relembrar
A calma não é irmã da frouxidão
A calma é a força, adonde a gente
engendra a solução da ação.

E a gente pode muito mais
Conquistar.

Xote, coco, maracatu e baião.

Um novo tempo

Na minha vida, ano impar é ano de fim de um ciclo e começo de outro. E geralmente, são marcados por momentos dificieis, grandes perdas, separações, dores, coisas assim. Depois da dor vem a reflexão. Depois vem o recomeço.

Esse ano só está diferente porque veio tudo junto: dor, separações, reflexão, e até o momento de recomeçar.

Minha cabeça está girando para todos os lados, estou vendo tudo ao meu redor, ouvindo tudo, e ao mesmo tempo, não vejo nada direito, não ouço nada muito definido.

Então decidi organizar a vida. E decidi fazer isso escrevendo e vencendo o meu infinito universo particular.

Apenas uma tentativa de conversar.