De repente, a vida nos leva por caminhos que nos distanciam fisica e geofraficamente de quem amamos. Talvez para compensar essa perda de vivências alegres e divertidas, surgem novas pessoas no caminho, novas alegrias, novas diversões.
As vezes jogamos fora essas oportunidades.
Outras, aproveitamos e nos esbaldamos de felicidade coletiva.
É, passo por isso. Quem me conquistou e eu conquistei nessa vida, eu amo, sempre vou amar, mesmo com nossos enjoos de cada um. Vou amar mesmo que o trabalho, o TCC, as disciplinas da universidade, as aulas de uma aspirante à professora, os problemas familiares, a chuva, a distância, o tempo, me impeçam de ver, de abraçar, de dizer: amigo, amiga, eu os amo! E chorar quando estou junto deles e feliz de tanto emocionada que fico simplesmente por tê-los na minha vida.
Mas não posso viver sem amar, sem construir amizades,sem ser feliz. Amo muito mesmo quem apareceu tão repetinamente, de forma estranha, vive bem lá longe de mim, mas é tão meu amigo como se morasse aqui do meu lado.
E o que dizer quando, de lugares geralmente chatos, descubro pessoas legais? E que gostam de mim com minhas multiplas chatices?
Eu as vezes digo. Mas decidi escrever a todos esses grandes amigos, os de longa data, os mais recentes, os de perto e os de longe.
Escrever que sou louca de amor por eles. E que espero que nossa caminhada juntos seja tão longa, e intensa, e divertida e feliz, que, como diz o poema, até o amor irá querer saber como a construimos.
E tudo isso aflorado pelo bilhete que encontrei na minha mesa no trabalho no meio do expediente nesta semana. Fiquei tão boba, tão emocionada, fiz foto, registrei na câmera do celular e no álbum da vida que temos na "caixola" e no coração.
Como disse no tuiter #Chorei
Amizade, amor, carinho e respeito são bens que prezo muito.
Depois do bilhete, teve mais 59 minutos de papo com um grande amigo pelo telefone, bate papo pelo e-mail com outro...vai aflorando, aflorando, aflorando, e eu, parecendo mãe vendo o bebe após o parto, fico uma bobona com essas belas e inestimáveis companhias que tenho nesta vida.
Então, lembrei deste poema que enviei a um amigo. Lembrei porque hoje me sinto um pouco assim, abandonando as velhas roupas, mas cuidando bem das que eu gosto mais.
E assim vou caminhando, fazendo aminha travessia na companhia de quem me é importante...
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...
É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos..."