15 de dezembro de 2009

Uma confusão danada

Difícil gostar de uma pessoa..

Parece que há regras de comportamentos para além da educação. Tantas formalidades a serem seguidas. Parece as vezes que estamos jogando batalha naval.

Aff..deveria tudo ser mais fácil, mais simples...gostar, falar, cuidar, amar,ser feliz. Pronto.

29 de outubro de 2009

Final do curso, inicio da confusão...

Seguindo o calendário regular, eu me formo em Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais ano que vem, em 2.010.

Bom, final de curso é uma correria, uma confusão mesmo, todo mundo sabe.

Mas outro dia, planejando minhas tarefas, lembrei que 2.010 tem muita coisa pra fazer: conclusão do curso, regularizar as disciplinas que devo, planejar minha mudança, reeleger Ana Júlia governadora do Pará e eleger Dilma presidenta do Brasil.

E, o que está me perseguindo, o TCC.

E isso já está uma novela. Sei o tema, mas ainda não tenho o problema e nem orientador. Peço ajuda para um professor e ele não me entende muito. Foram necessários 3 e-mails pra ele me recomendar dois livros!!!

Ai, universidade ensina a ter paciência...e alguns professores a terem muita paciência.

26 de outubro de 2009

Em busca de mar...

Eu me lembro que quando era criança, tinha uma vontade imensa de crescer, entar na universidade, trabalhar, ter os tais 'conflitos amorosos', uma vida corrida. Era praticamente uma paixão esse meu sonho maluco.

Agora, estou afundada nesse tão sonhado mundo e tenho sentido uma imensa falta da minha infância. Dos tempos de verdades verdadeiras (perdoem a redundância, é necessária), das brincadeiras com os primos, do volei, do balé, de subir no jambeiro, bater na porta do vizinho e sair correndo. Outro dia senti o cheiro do café que minha avó fazia de manhã cedo quando eu morava em Macapá.

Tenho, agora, vivido um pouco mais de duas décadas de vida, a impressão que deixamos que as partes que nos formam vão sendo espalhadas por nós ao longo da nossa caminhada. Algumas vezes de forma proposital, outras, sem intenção.

E agora tenho a certeza de que somos a junção de todas essas partes. Alegres e tristes. E só sentimos falta de uma delas, quando sentimos alguma necessidade.

A minha necessidade foi de encontrar algumas partes nas últimas semanas. E voltar a viver algumas coisas boas, que nem sei bem porque não vivi plenamente.

Agora estou recosturando essas partes em mim, em um momento que eu desejo mar em minha vida. Cansada da mansidão de uma lagoa. E vontade de ser a moleca da infância com essa vida agitada de agora.

11 de setembro de 2009

Meio assim hoje...

Com licença poética
(Adélia Prado)

Quando nasci um anjo esbelto,desses que tocam trombeta, anunciou:vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,acho o Rio de Janeiro uma beleza eora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.
Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,já a minha vontade de alegria,sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.
Eu sou.

9 de setembro de 2009

I Seminário de Mulheres Jovens Pt/Pará


Entre os dia 12 e 13 de setembro, na escola Estadual Orlando Bitar, em Belém, as mulheres jovens do PT no Pará estarão reunidas.


Em meio ao esforço coletivo, principalmente das e dos jovens militantes do PT, de reorganizarem a atuação da juventude petista no interior do partido e fortalecer nossa atuação conjunta e coletiva nos movimentos sociais, as mulheres jovens também assumem papel estratégico nesse processo.


Este seminário, vem no sentido de fortalecer a luta da juventude e das jovens mulheres. E na contribuição a construção de um PT no qual as mulheres sejam respeitadas e tenham seus direitos assegurados.


A realização do I Seminário Estadual de Mulheres Jovens do PT no estado do Pará, contribui para a construção de uma sociedade sem machismo, sexismo, homofobia, racismo, ou qualquer outra forma de pressão e discriminação. Buscará fortalecer a auto-organização das mulheres jovens no interior do partido e sua formação política. Além de contribuir para os debates a serem realizados no II Seminário Nacional de Mulheres Jovens PT, a ser realizado entre os dias 18 e 20 de agosto deste ano.


Quando? 12 e 13 de setembro de 2009


Onde? Escola Orlando Bitar, Belém/Pa


Inscrições: mulheresjovenspara@gmail.com (enviar com nome completo, municipio, cor/raça/etnia, área de atuação, telefone, e-mail).


Contatos: mulheresjovenspara@gmail.com (91)8139-7406/9145-9527



Programação


12/09 - sábado

8h30 – Credenciamento

9h – Abertura: Cássio Nogueira – Secretário Estadual da JPT/PA

Lúcia Miranda – Coordenadora Estadual de Mulheres PT/PA

Lenita – Secretária Estadual de Formação PT/PA

Direção Nacional da JPT

João Batista – Presidente PT/PA

Lindalva – MMCC(representante dos movimentos sociais)

Dep. Bernadete Ten Caten – Dep. Estadual do PT/Pa

Ana Júlia Carepa – Governadora do Pará

9h40 – Integração das participantes/dinâmica de apresentação

10h10 – Mesa: “Uma história de lutas das mulheres no Brasil e no Mundo” (espaço misto)

Expositoras: Drª. Luzia Álvares (Professora UFPA/GEPEM)

Lúcia Miranda – Mulheres PT/PA

10h30 – debate

11h – Considerações finais

11h30 – Almoço

13h30 – Mesa: “Feminismo como prática”

Expositora: Luanna Tomaz (Professora da UFPA e da Faci)

14h – Debate

14h30 – Rodas de diálogos: “pelo que lutam as jovens mulheres do PT?”

1 – Aborto:

2 – Trabalho e autonomia das mulheres: Secretaria de Mulheres/CUT

3 – Orientação sexual:

4 – Políticas Públicas: Thalita Coelho

5 – Educação não sexista e não racista: Liana Azevedo e Lívia Santana

6 – Violência contra mulheres: Luanna Tomas

7 – Mulheres campesinas: Helena (Fetagri)

16h30 – Dinâmica

17h – Painel: “Reforma Política: lugar de mulher é na política”

Expositoras: Drª. Luzia Álvares

Dep. Regina Barata – Dep. Estadual do PT/Pa

19h – Jantar

20h – Atividade cultural – Ciranda, Roda de carimbo, sarau (espaço misto)


13/09 – domingo

8h30h – Filme (sorteio de prêmios)

10h – Oficina: “Mulheres jovens na JPT: perspectivas e desafios”

11h – Resultado final do seminário/apresentação:

1 - Construção das bandeiras das mulheres jovens do PT

2 – Apresentação dos desafios e perspectivas12h – Avaliação do Seminário

13h – Almoço de encerramento

3 de setembro de 2009

Vamos de Chico?????


Música cura a alma, as dores do coração... Dizem.

Eu acredito. E acredito ainda mais que as músicas de Chico Buarque são quase milagrosas.

Teve um tempo, de muitos sonhos, muitas lutas, muita diversão, muitas risadas, muita fraternidade. Existia um “quinteto”, quatro meninos (os “Pedrinhos”) e uma menina (a “Pedrinha”).

A vida do quinteto tinha como fundo musical as músicas do Chico.

Ouvia-se nos momentos de felicidade, de vitórias, de dor, de sofrimento, de angústias, nas horas de dúvidas, até mesmo, como diziam os Pedrinhos, na hora do “malandro voltar à praça”.
As noites de sexta-feira tinha ponto de encontro certo: Boêmios. Chico, amigos queridos, chopp, diversão. A madrugada era pouco para tanta inspiração. Já a disposição, era tanta...que pedia-se insistentemente “A Rosa! A Rosa! A Rosa!”, depois de ouvi-la, levantava todo o quinteto e cantavam “...bem unidos façamos/nesta luta final/uma terra sem amos/a Internacional...”.

Um dia o quinteto cresceu, cresceu, cresceu, e os caminhos se desencaminharam por tantos caminhos. Enquanto se desencaminhavam, o Boêmios também buscou outro caminho.
E o quinteto se desfez. E o Boêmios acabou.

E continuam construindo o felizes para sempre.

Saudades desse tempo guris, boas lembranças para lembrar ouvindo Chico.

Vamos de Chico????



2 de setembro de 2009

Devolvam nossos sonhos, não deformem nossa vida.


Semana passada, duas notícias divulgadas em meios de comunicação me chamaram a atenção e me fizeram refletir sobre o desrespeito à juventude. A primeira, foi a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de negar as liminares que pediam a suspensão do toque de recolher para adolescentes e jovens nas cidades de Ilha Solteira (SP), Santo Estevão (BA) e Patos de Minas (MG). A outra, a decisão do Estado de Israel de criar um tribunal militar especial para julgamentos de menores de 16 anos na Palestina.

Mesmo com os avanços no patamar de entendimento da população juvenil, quando acreditamos que esses avanços nos levam do simples e necessário reconhecimento dos/as jovens como sujeitos de direitos e parte significativa da sociedade, para um patamar de debate que não apenas os reconhece, mas avança na construção de políticas públicas específicas e de marcos legais que assegurem os seus direitos e garantam mecanismos de vida plena à juventude, nos deparamos com medidas que nada mais representam do que mais um ataque histórico-geracional à populacional juvenil.

Em relação ao toque de recolher nas três cidades brasileiras, o argumento do ministro do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Ives Gandra Martins Filho, é que a medida tomada “devolve aos pais o sono e contribui para a não deformação dos jovens”.

Há quem defenda que essa medida protege os jovens, pois os deixa menos vulneráveis às más companhias, ao envolvimento com drogas e criminalidade.

O certo é que medidas como essa caminha rumo à criminalização de jovens e adolescentes, atribuem ao Estado a responsabilidade de cuidado dos/as jovens que prioritariamente é da família, mas principalmente, retorna à pauta a associação jovens-problemas, fugindo do debate de responsabilidades do estado na construção de políticas que promovam qualidade de vida e dignidade à essa população.

Essa medida simplifica um problema, impede que medidas necessárias sejam realmente tomadas. Antes de tomar posições como essas, dever-se-ia perguntar o porquê dos/as jovens estarem na rua à noite?

Alguns estão apenas vivenciando a socialização, uma vez que trabalham e estudam durante o dia, e não lhes sobra outro momento para viver estes momentos. Nestes casos, a medida do toque de recolher pode comprometer seriamente a formação desses jovens.
Mas há os que encontram nas ruas uma fuga diante das situações conflituosas que vivenciam dentro da sua casa, sejam elas de agressões, violências, ou mesmo desentendimentos com a família por falta de diálogo.

As medidas para enfrentar essas situações com certeza não pode ser o toque de recolher. Na primeira situação porque impede o desenvolvimento sócio-cultural dos/as jovens; e na segunda, porque se abstém de impedir que os/as jovens permaneçam sofrendo um tipo de agressão. Em ambos os casos, fortalecem a visão da juventude problemática, e os criminaliza, simplesmente por tratar questões ligadas à população juvenil como caso de polícia.

Decisão esta que criminaliza tantos os/as jovens brasileiros/as quanto é criminalizada a juventude palestina pelo estado de Israel, ao permitir que os/as jovens sejam julgados/as como adultos.

O argumento utilizado por Israel para tomar essa medida, afirma que busca julgar os/as jovens recrutados/as pela criminalidade. Mas há duas questões que precisam ser bem entendidas aqui: primeiro é que por criminalidade entende-se o envolvimento desses jovens com movimentos de resistência à ocupação israelense; segundo, caso fosse verdadeira a argumentação, seria criado um tribunal civil, e não um militar.

De formas diferentes, por motivos diferentes, com objetivos diferentes, nos deparamos com um retrocesso aos tantos avanços conquistados pelos/as jovens.

Em nenhum lugar do mundo deve-se permitir a criminalização de jovens e o impedimento de sua socialização, o impedimento de sua liberdade.

E eu, como estudante de Ciências Sociais, como militante de esquerda e jovem, preciso externalizar minha indignação com esses processos e combater a sua naturalização, tida como conseqüências irreversíveis de um tempo em que “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.

Somente com o respeito aos/as jovens, com a construção de políticas públicas que garantam os direitos básicos a essa população, que garantam o seu direito à vida, o sono de nossos pais serão garantidos.

Nenhum passo atrás pode ser dado. É necessário continuar os avanços, impedir retrocessos e combater toda e qualquer forma de criminalização da juventude.
Apenas desta forma garantiremos o sono tranqüilo nosso e de nossos pais, e não teremos nossa vida e nossos sonhos deformados.

Thalita Coelho, estudante de Ciências Sociais na UFPA e militante do PT no Pará.



1 de setembro de 2009

II Seminário de Mulheres Jovens do PT


Entre os dias 18 e 20 de setembro em Brasília, capital do país, a Direção Nacional da JPT estará realizando o II Seminário de Mulheres Jovens do PT.

Por um PT e um mundo sem machismo, sexismo, homofobia, racismo, lesbofobia, e sem qualquer outra forma de opressão.

Porque lugar de mulher é na política!

Casa nova


Mudei o estilo do blog.


Nada não, nenhuma dessas grandes teorias a respeito das mudanças.


Só uma vontade de mudar..de respirar novos ares..dar novos passos..tentar outras vias...


Uma vontadezinha de mudar, dessas de comer chocolate de madrugada, que só passa quando se come..aqui, quando se mudou...agora, ta melhor..

30 de agosto de 2009

Muitas. Todas felizes...


Nos últimos tempos, por diversos motivos, decidi que esse ano seria o ano de cuidar um pouquinho de mim, de fazer coisas que durante anos, por conta de inúmeras tarefas do ME, do partido, da militância, eu tornei sem importância na minha vida.

Pensando nisso, agora, na metade do ano, descobri que em 2009 duas grandes lições foram importantes na minha curta e intensa vida.

A primeira veio depois de uma dessas peças do coração que todo mundo leva, e eu, como uma simples mortal, também fui atingida por ela.

Mas tem lá seu lado bom nessas situações, e se não tivesse... aff..como seria, né?

Agora eu acredito que nas relações amorosas, é necessário construir uma história, uma semente, um aprendizado. Pra que, depois que acabe, tenhamos crescido, sido feliz nela e com ela (a história), com o/a amado/a.

Nas minhas últimas histórias românticas, aprendi o quanto é importante me dedicar a construção de um projeto coletivo, a lutar pela felicidade coletiva; aprendi como é bom viver a vida com poesias, músicas, literatura – não vivo mais sem agora!!!

Portanto, cresci com as minhas histórias românticas. Ai penso que foi bom, e que valeram mesmo à pena.

Outra coisa que aprendi, ou descobri, nesse ano, é que eu preciso saber de onde venho e quem eu sou. Assim não me perco na vida.

E eu sou um pouco dos/as amigos/as queridos/as que fazem parte da minha vida, aqueles amigos que são parentes de sangue e aqueles que nos descobrimos nas andanças da vida.

Agora sei que essas pessoas, que são estradas na minha vida, como eu disse outra vez aqui, além de estrada, são minhas raízes, é deles e delas que eu venho. E por isso tenho sido mais forte, e ao mesmo tempo mais doce e sensível. È por isso que agora tenho menos chances de me perder, porque sei quem sou, de onde vim, e da força que juntos temos.

Agora sei do carinho, das emoções, do afeto, das superações, alegrias e tristezas, que nos constroem.

E sou mais feliz agora. Muito mais. Agora que assumi sem crises que sou a Thalita, Thali, Amiga, Walíssima, Moleca, Thalitinha, Companheira

Uma só em muitas. Todas muito feliz.

28 de agosto de 2009

Escolha - Lya Luft

"Apesar do medo, escolho a ousadia. Ao conforto das algemas, prefiro a dura liberdade. Vôo com meu par de asas tortas, sem o tédio da comprovação. Opto pela loucura, como um grão de realidade: meu ímpeto explode o ponto, arqueia a linha, traça contornos para os romper. Desculpem, mas devo dizer: EU QUERO O DELÍRIO."

15 de agosto de 2009

Vivendo com licença poética

Outro dia ouvi essa frase, “as pessoas são como estradas na nossa vida”, nos ajudam a caminhar para algum lugar.

Fiquei pensando nela, pensando nas pessoas que passaram pela minha vida, as que eu gostava e as que eu não gostava. E todas elas, de formas diferentes, me ajudaram mesmo a caminhar, foram mesmo estradas na minha vida.

Fizeram-me mais forte. Ou porque me incentivaram a passar por cima das dificuldades e seguir adiante. Ou porque me deixaram tão irritada, que por puro orgulho, me fez continuar a caminhada.

Ajudaram-me a descobrir que o importante nessa vida é ser feliz. Ser feliz plenamente. Não apesar de sofrer, apesar de ter mais dividas do que o salário permite pagar no final do mês, apesar de ainda não ter encontrado o amado que vai dividir a vida comigo, apesar de ter que acordar muito cedo e dormir muito tarde para dar conta de todas as tarefas, apesar de querer mudar o mundo e não conseguir.

As estradas que percorri nessa vida, as pessoas que por ela passaram e ainda passam, tiveram a responsabilidade de, além de me ajudar a caminhar, a entender que é necessário ser feliz com uma felicidade que não é a mesma das novelas ou dos contos de fadas...essa não existe mesmo.

Uma felicidade que existe e é plena pelo que é capaz de nos proporcionar. Crescimento com a dor. Maturidade com o sofrimento. Alegria com as descobertas. Amor, com amor mesmo, apenas.

É preciso, em certos momentos da vida, naqueles mais difíceis, viver com uma certa licença poética, eu diria.

Mas acima de tudo, as estradas por onde caminhei e caminho, as pessoas que me ajudaram a escrever minha história, me ensinaram a ser feliz, e a fazer as outras pessoas felizes, o quanto eu puder.

7 de agosto de 2009

Resposta ao Tempo


Resposta ao Tempo

(Aldir Blanc/Cristovão Bastos)


Batidas na porta da frente

É o tempo

Eu bebo um pouquinho

Prá ter argumento


Mas fico sem jeito

Calado, ele ri

Ele zomba

Do quanto eu chorei

Porque sabe passar

E eu não sei


Num dia azul de verão

Sinto o vento

Há fôlhas no meu coração

É o tempo


Recordo um amor que perdi

Ele ri

Diz que somos iguais

Se eu notei

Pois não sabe ficar

E eu também não sei


E gira em volta de mim

Sussurra que apaga os caminhos

Que amores terminam no escuro

Sozinhos


Respondo que ele aprisiona

Eu liberto

Que ele adormece as paixões

Eu desperto


E o tempo se rói

Com inveja de mim

Me vigia querendo aprender

Como eu morro de amor

Prá tentar reviver


No fundo é uma eterna criança

Que não soube amadurecer

Eu posso, ele não vai poder

Me esquecer

6 de agosto de 2009

Brasília


Quem já foi à Brasília deve ter achado estranho a organização espacial da cidade.

A capital do país, ao ser construída, foi planejada e recebeu o formato de um avião, portanto, tem bem definido norte, sul, leste, oeste. São poucos os sinais de trânsito pela cidade, há muitas rotatórias.

Tudo muito simples, como dizem @s candang@s, tão simples que quem não conhece estranha, leva um tempo para se adaptar.

Hoje, enquanto eu estava no trabalho, ouvindo uma música que me relembrou várias emoções, descobri que sou bem parecida com essa organização espacial de Brasília...não achei melhor definição para me definir, principalmente atualmente.

Sou capricorniana, o que significa, que na minha vida tudo tem seu devido lugar e permanece quase sempre nele, “cada um no seu quadrado”. Pareço ai também com Brasília, muito plana, quadrada, separações muito bem definidas.

E pareço ainda mais quando tento me entender. Não sou uma pessoa difícil, chata; mas já construí tantas regras para circular entre os sentimentos, entre as emoções, que ficou complicado vivê-las. Transformei coisas que são próximas em distantes; tal qual Brasília, tudo longe.

Quis facilitar e consegui uma bela confusão.

Portanto, se hoje me pedissem para me definir em uma única palavra, sem titubear, eu responderia: Brasília!

Tão fácil de entender, que se tornou complicada. Um clima estranho, mas uma hora melhora e aconchega. Lugar onde tudo e nada acontece.

Mas no fim de tudo, Brasília é uma cidade legal, cheia de pessoas legais, e cheia de lembranças boas; uma terra que já me já me fez rir muitas vezes, que me acrescentou boas e felizes histórias.

E no fim, eu também sou legal, eu acho...tento ser pelo menos,muito simples, que até parece complicada. Mas só parece.





3 de agosto de 2009

Pessoas que são para sempre....amig@s!!!





Eu sou filha única. E isso não é muito legal, as vezes bate uma solidão até na hora de comer chocolate sozinha, por exemplo. Mas então, a filha única descobriu que amig@s são a família que a vida nos permite escolher, ou que nos escolhem, ou que são @s escolhid@s....alguma coisa assim.



E nos últimos meses e anos, descobri
amig@s maravilhos@s. Muitas risadas de doer a barriga depois de 'achar' que um ônibus ia nos atropelar; muito choro depois de descobrir que o "eterno amor" acabou de acabar; horas andando na rua, no sol, para poder viajar, e viajar sem passagem de volta, no final; fugidas da aula pra fazer fotos na beira do rio na UFPA; brigas pelas diferenças que surgem.



Nossa..lembrando agora dá uma baita vontade de por
tod@s @s amig@s dentro da rede e ser muito "Felícia" com tod@s, tamanha é a saudade.



Amig@s, não vou dizer aqui os nomes, vocês sabem quem são as partes de mim que vivem nesse mundão...eu amo vocês, muito, muito, muito. Não fiquem muito tempo longe de mim, não...depois dessas duas semanas em Brasília, acho que to menos chata, menos implicante, sério.



Vocês são luz na minha vida. Obrigada!

Acalma - Gonzaguinha

Acalma
(Gonzaguinha)

Quando o tempo é de confusão
mantenha a calma no seu coração
mantenha a calma - calma!

Mantenha a fé e o pé no seu caminho
Mantenha o seu caminho
Mantenha a alma - acalma!

Acalma - você já chegou aqui
Calma - para prosseguir

A fé para botar o pé no caminho
A conquistar.

Quando o tempo é de armação
Mantenha firme a sua mão
Mantenha aceso o coração
Atenção!

Mantenha a alegria que você já é
não deixe que eles venham destruir
O sonho por menor que for
Seria destruir o amor.

Sempre bom a gente relembrar
A calma não é irmã da frouxidão
A calma é a força, adonde a gente
engendra a solução da ação.

E a gente pode muito mais
Conquistar.

Xote, coco, maracatu e baião.

Um novo tempo

Na minha vida, ano impar é ano de fim de um ciclo e começo de outro. E geralmente, são marcados por momentos dificieis, grandes perdas, separações, dores, coisas assim. Depois da dor vem a reflexão. Depois vem o recomeço.

Esse ano só está diferente porque veio tudo junto: dor, separações, reflexão, e até o momento de recomeçar.

Minha cabeça está girando para todos os lados, estou vendo tudo ao meu redor, ouvindo tudo, e ao mesmo tempo, não vejo nada direito, não ouço nada muito definido.

Então decidi organizar a vida. E decidi fazer isso escrevendo e vencendo o meu infinito universo particular.

Apenas uma tentativa de conversar.