Com licença poética
(Adélia Prado)
Quando nasci um anjo esbelto,desses que tocam trombeta, anunciou:vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,acho o Rio de Janeiro uma beleza eora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.
Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,já a minha vontade de alegria,sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.
Eu sou.
Agora que consegui entrar no seu blog, divertidissimo!!!
ResponderExcluirMULHERES GUERREIRAS QUERO FICAR ANTENADO OK