Com licença poética
(Adélia Prado)
Quando nasci um anjo esbelto,desses que tocam trombeta, anunciou:vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,acho o Rio de Janeiro uma beleza eora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.
Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,já a minha vontade de alegria,sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.
Eu sou.
11 de setembro de 2009
9 de setembro de 2009
I Seminário de Mulheres Jovens Pt/Pará

Entre os dia 12 e 13 de setembro, na escola Estadual Orlando Bitar, em Belém, as mulheres jovens do PT no Pará estarão reunidas.
Em meio ao esforço coletivo, principalmente das e dos jovens militantes do PT, de reorganizarem a atuação da juventude petista no interior do partido e fortalecer nossa atuação conjunta e coletiva nos movimentos sociais, as mulheres jovens também assumem papel estratégico nesse processo.
Este seminário, vem no sentido de fortalecer a luta da juventude e das jovens mulheres. E na contribuição a construção de um PT no qual as mulheres sejam respeitadas e tenham seus direitos assegurados.
A realização do I Seminário Estadual de Mulheres Jovens do PT no estado do Pará, contribui para a construção de uma sociedade sem machismo, sexismo, homofobia, racismo, ou qualquer outra forma de pressão e discriminação. Buscará fortalecer a auto-organização das mulheres jovens no interior do partido e sua formação política. Além de contribuir para os debates a serem realizados no II Seminário Nacional de Mulheres Jovens PT, a ser realizado entre os dias 18 e 20 de agosto deste ano.
Quando? 12 e 13 de setembro de 2009
Onde? Escola Orlando Bitar, Belém/Pa
Inscrições: mulheresjovenspara@gmail.com (enviar com nome completo, municipio, cor/raça/etnia, área de atuação, telefone, e-mail).
Contatos: mulheresjovenspara@gmail.com (91)8139-7406/9145-9527
Programação
12/09 - sábado
8h30 – Credenciamento
9h – Abertura: Cássio Nogueira – Secretário Estadual da JPT/PA
Lúcia Miranda – Coordenadora Estadual de Mulheres PT/PA
Lenita – Secretária Estadual de Formação PT/PA
Direção Nacional da JPT
João Batista – Presidente PT/PA
Lindalva – MMCC(representante dos movimentos sociais)
Dep. Bernadete Ten Caten – Dep. Estadual do PT/Pa
Ana Júlia Carepa – Governadora do Pará
9h40 – Integração das participantes/dinâmica de apresentação
10h10 – Mesa: “Uma história de lutas das mulheres no Brasil e no Mundo” (espaço misto)
Expositoras: Drª. Luzia Álvares (Professora UFPA/GEPEM)
Lúcia Miranda – Mulheres PT/PA
10h30 – debate
11h – Considerações finais
11h30 – Almoço
13h30 – Mesa: “Feminismo como prática”
Expositora: Luanna Tomaz (Professora da UFPA e da Faci)
14h – Debate
14h30 – Rodas de diálogos: “pelo que lutam as jovens mulheres do PT?”
1 – Aborto:
2 – Trabalho e autonomia das mulheres: Secretaria de Mulheres/CUT
3 – Orientação sexual:
4 – Políticas Públicas: Thalita Coelho
5 – Educação não sexista e não racista: Liana Azevedo e Lívia Santana
6 – Violência contra mulheres: Luanna Tomas
7 – Mulheres campesinas: Helena (Fetagri)
16h30 – Dinâmica
17h – Painel: “Reforma Política: lugar de mulher é na política”
Expositoras: Drª. Luzia Álvares
Dep. Regina Barata – Dep. Estadual do PT/Pa
19h – Jantar
20h – Atividade cultural – Ciranda, Roda de carimbo, sarau (espaço misto)
13/09 – domingo
8h30h – Filme (sorteio de prêmios)
10h – Oficina: “Mulheres jovens na JPT: perspectivas e desafios”
11h – Resultado final do seminário/apresentação:
1 - Construção das bandeiras das mulheres jovens do PT
2 – Apresentação dos desafios e perspectivas12h – Avaliação do Seminário
13h – Almoço de encerramento
3 de setembro de 2009
Vamos de Chico?????

Música cura a alma, as dores do coração... Dizem.
Eu acredito. E acredito ainda mais que as músicas de Chico Buarque são quase milagrosas.
Teve um tempo, de muitos sonhos, muitas lutas, muita diversão, muitas risadas, muita fraternidade. Existia um “quinteto”, quatro meninos (os “Pedrinhos”) e uma menina (a “Pedrinha”).
A vida do quinteto tinha como fundo musical as músicas do Chico.
Ouvia-se nos momentos de felicidade, de vitórias, de dor, de sofrimento, de angústias, nas horas de dúvidas, até mesmo, como diziam os Pedrinhos, na hora do “malandro voltar à praça”.
As noites de sexta-feira tinha ponto de encontro certo: Boêmios. Chico, amigos queridos, chopp, diversão. A madrugada era pouco para tanta inspiração. Já a disposição, era tanta...que pedia-se insistentemente “A Rosa! A Rosa! A Rosa!”, depois de ouvi-la, levantava todo o quinteto e cantavam “...bem unidos façamos/nesta luta final/uma terra sem amos/a Internacional...”.
Um dia o quinteto cresceu, cresceu, cresceu, e os caminhos se desencaminharam por tantos caminhos. Enquanto se desencaminhavam, o Boêmios também buscou outro caminho.
E o quinteto se desfez. E o Boêmios acabou.
E continuam construindo o felizes para sempre.
Saudades desse tempo guris, boas lembranças para lembrar ouvindo Chico.
Vamos de Chico????
2 de setembro de 2009
Devolvam nossos sonhos, não deformem nossa vida.

Semana passada, duas notícias divulgadas em meios de comunicação me chamaram a atenção e me fizeram refletir sobre o desrespeito à juventude. A primeira, foi a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de negar as liminares que pediam a suspensão do toque de recolher para adolescentes e jovens nas cidades de Ilha Solteira (SP), Santo Estevão (BA) e Patos de Minas (MG). A outra, a decisão do Estado de Israel de criar um tribunal militar especial para julgamentos de menores de 16 anos na Palestina.
Mesmo com os avanços no patamar de entendimento da população juvenil, quando acreditamos que esses avanços nos levam do simples e necessário reconhecimento dos/as jovens como sujeitos de direitos e parte significativa da sociedade, para um patamar de debate que não apenas os reconhece, mas avança na construção de políticas públicas específicas e de marcos legais que assegurem os seus direitos e garantam mecanismos de vida plena à juventude, nos deparamos com medidas que nada mais representam do que mais um ataque histórico-geracional à populacional juvenil.
Em relação ao toque de recolher nas três cidades brasileiras, o argumento do ministro do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Ives Gandra Martins Filho, é que a medida tomada “devolve aos pais o sono e contribui para a não deformação dos jovens”.
Há quem defenda que essa medida protege os jovens, pois os deixa menos vulneráveis às más companhias, ao envolvimento com drogas e criminalidade.
O certo é que medidas como essa caminha rumo à criminalização de jovens e adolescentes, atribuem ao Estado a responsabilidade de cuidado dos/as jovens que prioritariamente é da família, mas principalmente, retorna à pauta a associação jovens-problemas, fugindo do debate de responsabilidades do estado na construção de políticas que promovam qualidade de vida e dignidade à essa população.
Essa medida simplifica um problema, impede que medidas necessárias sejam realmente tomadas. Antes de tomar posições como essas, dever-se-ia perguntar o porquê dos/as jovens estarem na rua à noite?
Alguns estão apenas vivenciando a socialização, uma vez que trabalham e estudam durante o dia, e não lhes sobra outro momento para viver estes momentos. Nestes casos, a medida do toque de recolher pode comprometer seriamente a formação desses jovens.
Mas há os que encontram nas ruas uma fuga diante das situações conflituosas que vivenciam dentro da sua casa, sejam elas de agressões, violências, ou mesmo desentendimentos com a família por falta de diálogo.
As medidas para enfrentar essas situações com certeza não pode ser o toque de recolher. Na primeira situação porque impede o desenvolvimento sócio-cultural dos/as jovens; e na segunda, porque se abstém de impedir que os/as jovens permaneçam sofrendo um tipo de agressão. Em ambos os casos, fortalecem a visão da juventude problemática, e os criminaliza, simplesmente por tratar questões ligadas à população juvenil como caso de polícia.
Decisão esta que criminaliza tantos os/as jovens brasileiros/as quanto é criminalizada a juventude palestina pelo estado de Israel, ao permitir que os/as jovens sejam julgados/as como adultos.
O argumento utilizado por Israel para tomar essa medida, afirma que busca julgar os/as jovens recrutados/as pela criminalidade. Mas há duas questões que precisam ser bem entendidas aqui: primeiro é que por criminalidade entende-se o envolvimento desses jovens com movimentos de resistência à ocupação israelense; segundo, caso fosse verdadeira a argumentação, seria criado um tribunal civil, e não um militar.
De formas diferentes, por motivos diferentes, com objetivos diferentes, nos deparamos com um retrocesso aos tantos avanços conquistados pelos/as jovens.
Em nenhum lugar do mundo deve-se permitir a criminalização de jovens e o impedimento de sua socialização, o impedimento de sua liberdade.
E eu, como estudante de Ciências Sociais, como militante de esquerda e jovem, preciso externalizar minha indignação com esses processos e combater a sua naturalização, tida como conseqüências irreversíveis de um tempo em que “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
Somente com o respeito aos/as jovens, com a construção de políticas públicas que garantam os direitos básicos a essa população, que garantam o seu direito à vida, o sono de nossos pais serão garantidos.
Nenhum passo atrás pode ser dado. É necessário continuar os avanços, impedir retrocessos e combater toda e qualquer forma de criminalização da juventude.
Apenas desta forma garantiremos o sono tranqüilo nosso e de nossos pais, e não teremos nossa vida e nossos sonhos deformados.
Thalita Coelho, estudante de Ciências Sociais na UFPA e militante do PT no Pará.
1 de setembro de 2009
II Seminário de Mulheres Jovens do PT

Entre os dias 18 e 20 de setembro em Brasília, capital do país, a Direção Nacional da JPT estará realizando o II Seminário de Mulheres Jovens do PT.
Por um PT e um mundo sem machismo, sexismo, homofobia, racismo, lesbofobia, e sem qualquer outra forma de opressão.
Porque lugar de mulher é na política!
Casa nova

Mudei o estilo do blog.
Nada não, nenhuma dessas grandes teorias a respeito das mudanças.
Só uma vontade de mudar..de respirar novos ares..dar novos passos..tentar outras vias...
Uma vontadezinha de mudar, dessas de comer chocolate de madrugada, que só passa quando se come..aqui, quando se mudou...agora, ta melhor..
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